chuva,
vem lavar-me
os olhos molhados
(de sangue)
e escorrer de mim
um rio vermelho
criar correnteza,
moldando vales e trilhas;
manchando a terra
por onde vais
corra,
murche palavras,
seque sementes,
se despedaçando
e, enfim,
sepulte a tristeza
num mar
que morto
já está