nossas paredes são frágeis
e toda euforia é um engano.
juntem dois e batam palmas
a três metros e tudo rui.
entre palco e rua,
entre cais e proa,
o que muda é a certeza.
mas aquela flor não lê avisos.
abre-se para a escuta.
e perscruta.
quem sabe à primavera
a gente também tenha ouvidos de flor
e perceba que na pedra não há culpa.
e que dentro da pedra
há um mundo imenso
com seu próprio tempo.
e que a pedra é tudo
menos dura.
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