ouve, menina, as vozes de tuas irmãs
que vêm de dentro das trincheiras
para onde foram
depois do tempo de caverna.
também teu coração,
não foi para caverna que ele nasceu,
nasceu terra fértil para as flores.
mas antes do jardim, trincheira.
ouve essas vozes de mulher,
porque dessas vozes que tu ouves
--zumbindo em eco no fosso do teu peito--
quer nascer a tua voz.
tua voz salvará teu mundo.
salvará também o meu, homem
cego. que o que me resta de intacto
sobre o ego em farelos é a esperança
de ver um eco de mim em teu espelho.
ouve, mulher.
tua trincheira está pronta pra florir,
que florir é mesmo esta batalha.
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