29 de mar. de 2019
quebranto
eu queria quebrar o silêncio.
não o de agora —irremediável—,
não com palavreados —ineficazes—,
mas o silêncio arquitetado,
que produziríamos
para nós mesmos quebrarmos
pelo sibilar de nossas pálpebras,
pelo tumulto da pele,
pelo desespero gritado dos pelos.
o silêncio de agora,
este sim,
é que nos quebra.
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