passarinho pousado
de lado me espia.
nem desconfiança
nem ousadia.
só gestos de escuta.
certamente um catador
de concertos faltantes.
pouco barulho o espanta.
veio catar-me o silêncio de agora
(o único em mim
que aprendeu a voar)
mas por que nunca os de antes?
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