piso nesta terra
e, em cada falso passo, sinto
o sucinto cadafalso
que deseja me engolir
piso neste chão
-- concreto piso da ilusão --,
onde os pés já não encontram
as raízes dessa gente
relíquias entulhadas das raças,
riquezas ruídas do povo
preparem um golpe de novo
que instigue a nação a cantar
terra de tantas ditaduras,
dite uma nova forma de rimar,
de cantar, sacudir, remexer
(ou votar)
dite de novo o bê-a-bá,
porque a gente vacilou e se perdeu
na tristeza de se ver desmoronar,
na tristeza de perder e desistir
Muito bons de ler os teus poemas. São gostosos de dizer, de ritmo e surpresa envolventes. Em especial, gostei do "desistentes". Demais.
ResponderExcluirAbracos