meus cacos de vidro bruto vibram
com palavras que aparentam
ressoar em mim.
mas se vibrassem, eu sangrava.
e este sangue não é dos cacos.
é dos cascos que não tenho
em meus pés coagidos
a pisarem este chão
que a todo instante
reaviva em mim
o mantra cru:
"eu estou num
palácio de cristais.
eu não sou.
só estou num
palácio de cristais."
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