18 de out. de 2018

teu estame, tua estâmina


pra quem não sabe nadar-te
suas braçadas são tapas
e devem muito doer-te.

eu? não reluto. afundo.
bom que não crio-te estrias
na já senoidal superfície.

aprecio o profundo
o breu do teu íntimo
o fundo obscuro de ti.
onde é dado o sentido da voz
onde o que te revela é a luz
que --calada-- ali é criada.

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