se milagreiros fossem os meus versos
a ponto tal de, enfim, ganharem vida,
traria a poesia em ti contida
aos meus sentidos tortos e dispersos.
transcreveria o que possível fosse
e um plágio teu --só meu-- construiria:
métricas, rimas e uma alegoria
com cheiro de bebê e o timbre doce.
até tomé, que hoje crê facilmente,
se espantaria, pedindo sinais,
ao deparar-se com a insanidade
de trovador em meus vícios carnais;
e te amaria em papel e deidade
confiando que o milagre não mente.
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