em meu desdomínio,
duas artes:
escrever e plantar.
hábil na escrita de sementes miúdas
—mesmo analfabeto nos grãos—
vou plantando nomes.
nomes próprios, sim,
dos que designam
gente que come, dorme, sonha...
sou um enterrador de nomes
e os enterro como quem enterra sonhos
de seus próprios donos
só pra deles esperar ver crescer
num pequeno tratado de vida
qualquer coisa da cor verde.
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