cala-te, homem!
já basta o teu gestual
a atrapalhar
a paz marítima.
isenta-te ao menos
do gesto verbal
e reconhece que é vencida
enfim tua serventia.
nunca foi de águas
--de margem ou marinhas--
aquela barca estacada de sonhos
de que falavas
em pleno delírio
o sal
incrustado em sua proa
era do infértil e promíscuo solo
onde ela primeiro ancorou
criando raízes.
nunca foi tua aquela barca.
portanto, cala-te, homem!
agora és distração apenas nossa,
não mais da barca do sal.
conta-nos e desenha-nos estrelas
mas não te iludas:
nossas galáxias nunca serão tuas.
Carlos,
ResponderExcluirMaravilhoso!
Tuas metáforas são lindas, ímpares - e tão plurais! Pensei em tantas possibilidades!
Beijos! =)
Minha querida poeta... Ímpar é tua presença aqui. Obrigado sempre!
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