eu, que
já te dei minha palavra,
dou-te agora todas:
as que inventei,
as que usei à exaustão,
as que te fizeram vir,
as que te fizeram ir
--pra que retornes
quem sabe
por outros verbos--
até aquelas todas que
brilhantemente
vestiram minha vaidade
com trapos de mim,
entrego-te.
e, mudo, venho:
sopra em meus ouvidos
as palavras que o teu silêncio criou
só pra mim.
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