17 de ago. de 2008

dois sertões


dois sertões, um só destino
borbulhando pelos chãos
rasga o sol nas contramãos
o futuro de um menino

inocência ou desatino
não! malícia não é, não!
quem viveu na escuridão
cega ao brilho matutino

dois sertões, um desafio
e a promessa de vingar
o que o sol teima em queimar
horizonte por um fio

siga em frente rente à via
dos que alcançam o amanhã
e arremede a nota vã
que essa vida te assovia

dois sertões, um coração
e o desejo de voar
de ter que se aventurar
por amor ou por paixão

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