era braço de mar adentrando
por onde o rio vinha,
tanta fluidez a meio sal,
ondas fecundando com ilusões brancas
as convicções dispersas de salitre e ar
e era tudo tão invisivelmente caos.
da lambida na terra,
o pé no chão.
linguagem em sedimento,
sede sem comoção,
paragem.
e veja-me agora:
foi só olhar pra trás,
virei pedra.
19 de nov. de 2020
12 de nov. de 2020
argos
só um
o percurso
apesar dos mil caminhos.
e ninguém chegou
a tempo
à verdade sob seus narizes.
não pela rota com que alcançou-a
aquele sobre o mirante mais vil de ítaca:
ares a trazerem algo
o âmago que nunca trai
o quase doce de um passado
não fosse o passamento do faro.
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