22 de set. de 2017

polar


invadido e confrontado
debatia-se na hermética reclusão
onde se propôs a sepultar-se
livre das estranhas casualidades
entregue ao estabelecido

foi invadido e confrontado
com o que lhe parecia a própria morte
mas vivo era como se sentia
    o que então minava-lhe a vida
    era o seu próprio cárcere

convencido de que habitava
como que nas costas noturnas da lua
intangível e desinteressante aos olhos tantos
agia como se nada mais coubesse fazer
diante do confronto (o que faria?)

e um desconforto lhe invadiu
e quando acontece assim
chega a ser cruel
de tão constrangedor
que é o amor

2 comentários:

  1. Ma-ra-vi-lho-so!!!

    Seus poemas sempre tocam, seja para aliviar a dor ou brindar com uma taça de vinho os males!

    Bela semana!
    Beijos! =)

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  2. Que bom te ver por aqui, Nadine!
    Sempre sou muito agradecido a você. Saudade de seus versos!

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