19 de dez. de 2018

o desespero dos famintos


à pronúncia repetida do teu nome,
a boca demonstra desespero
e desejo pela matéria do teu corpo
como se o reconstruísse pelo sopro,
pela voz,
pelo a pelo,
poro a poro,
dispensando
um qualquer apuro,
só pra então
poder sorvê-lo
e rescindir em ti
a fundação da vontade dos famintos.

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