23 de dez. de 2017

engarrafado


a voz do mar que voa ventos de sal
o hálito cheiroso do mar que beiro
bateu-me como se eu fosse vela
--delas só trago as brancuras
e a vontade de desatar--

e lembrei-me de quando guardei
naquele vidro de perfume
gotas da voz do teu rio
pálida, doce e alada

que sempre que bebo
que cheiro ou que ouço
leva-me louco a acreditar até
que minha voz também é um mar

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