9 de out. de 2008

casa de barro, costela de adão


quem vê de fora a casinha
com suas cortinas fechadas
mundo pequeno ao redor
mal sabe o que guardam
suas telhas, suas portas

há quem aposte nas lupas
pra decifrar as minúcias
e desvelar as miudezas:
aposta perdida
engano certeiro

mundo gigante por dentro
céus, dimensões siderais
juntem um mar de lunetas
e os olhos (só dois)
não vêem os finais

quem vê de longe essa moça
quarto em janelas cerradas
vale pensar no infinito
cabendo no mundo
que a mente inventou

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