20 de out. de 2008

um mundo a esperar


o mundo a esperar
nascer ou morrer
no espelho das mágoas acesas
nas águas barrentas e errantes
um mundo nascente
de imagens avessas

supõe-se paciência
quando é letargia
na espera e na lenta agonia
a lenha que move esse mundo:
dois braços cruzados
de um ser moribundo

e o velho poeta
qual grão-marinheiro
enfim, rasga o mar e o minera
dissonando do próprio futuro
do canto que o guarda
de seu velho mundo

***

um mundo a espera
de outro mundo porvir

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