25 de jan. de 2007

coisificando-me



caminho no escuro
(confio mais em meu passos
do que no próprio chão
onde piso)

esforço-me em minha prisão,
tateio o vento,
sinto o ar

penduro-me nas nuvens
e multiplico-me
em possibilidades,
volátil que sou

comprimo-me,
expando-me,
sumo,
mas sou!

(e, assim,
vivo sem nunca desistir,
sem nunca deixar de pulsar,
já que alguém tem de existir
nem que seja por um breve momento

logo eu, que sou
meu próprio pensamento)

3 comentários:

  1. Putz, este esta demais. Adorei:

    "comprimo-me,
    expando-me,
    sumo,
    mas sou!"

    O primeiro verso me lembra coisas que tambem teem me passado pela cabeca. Poema "Vigilia, do 17 de janeiro:

    "O chão do mundo é tênue,
    despenca fácil. Uma
    membrana estirada."

    Bj Lavinia

    ResponderExcluir
  2. Anônimo9:10 PM

    gostei! acho que vou passar aqui mais vezes.

    ResponderExcluir
  3. Anônimo2:01 PM

    CARLÃO,
    o endereço onde estarei agora postando mudou porque o Terra está com problemas é: http://jjleandro-jjleandro.blogspot.com/

    abcs

    ResponderExcluir