1 de fev. de 2007

vida em semibreves



1.
eu vejo as tardes breves
que escapam pelas noites,
eu vejo a vida como a branca lebre
escapulindo do fatal açoite

2.
e risco em linhas leves
pra não gastar a tinta,
e arrisco em notas todas semibreves
nas melodias que essa vida incita

3.
e antes que a tinta falhe,
por mais que a mão vacile,
a vida tenta andar em linha reta
ou, pelo menos, rente aos trilhos firmes

Um comentário:

  1. Anônimo1:10 AM

    Grande poeta baiano.

    Já está lá no overmundo.
    abcs

    Beleza a sua poesia "vida em semibreves".

    Me fez lembrar de uma poesia minha que é mais ou menos assim, não a seid e cabeça, precisaria ler nos arquivos: "A vida é breve. Não sei por quanto tempo pois sempre que a morte chega queremos adiar esse momento".

    Vc tem também esse problema de não lembrar de suas composições? isso é crônico comigo

    abcs

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